Discussão sobre este post

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Avatar de João Pedro

A provocação final foi ótima!

Acredito que a pergunta se encaixa em vários âmbitos da nossa vida, especialmente quanto a dúvida sobre se é melhor viver o momento mesmo sabendo que ele é finito. No entanto, quando penso no campo do amor e das paixões, me recordo de Noites Brancas, de Dostoiévski. O protagonista, um jovem sonhador se apaixona de forma intensiva por uma jovem gentil, cujo coração já pertence a outro. Mesmo ciente disso, ele se permite viver aquele sentimento em sua plenitude, ainda que soubesse da efemeridade daquele afeto.

No desfecho, ele perde. Seus sentimentos foram feridos, mas ele não se arrepende. E é aí que está o ponto: o amor vivido, por mais breve que tenha sido, foi verdadeiro, foi belo e profundamente humano.

A dor da perda é o preço da intensidade. Mas viver no medo de sentir é comparável a uma prisão. Por mais que doa, eu não deixaria de viver algo lindo por temor do fim. Porque, como escreveu Dostoiévski, ´´um instante de verdadeira felicidade pode justificar toda uma vida``.

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Avatar de Interação de doença crônica

É incrível com o substack sempre sabe o que é quando dizer, respondendo, para mim, nunca ter amado, logicamente é o menos arriscado, mas as pessoas são incompletas o amor, então elas vão buscar confronto com essa dor

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